Donos de indústrias, mascates, comerciantes, artesãos, motoristas de táxi...

   Embora seja considerável a atuação dos imigrantes como operários, vale a pena ressaltar que não era apenas o setor industrial que absorvia a mão-de-obra imigrante nas cidades. Sua presença também pode ser notada em outras atividades econômicas. Aqueles que saíram mais estruturados de seus países de origem conseguiram constituir indústrias e comércios na cidade de São Paulo.

   A comunidade sírio-libanesa chegou ao Brasil no final do século XIX sem subsídios, e seus membros iniciaram atividades como mascates (vendedores ambulantes de mercadorias) e se consolidaram no setor comercial, principalmente no setor de confecção e têxtil. Outro exemplo são os japoneses, que deixaram as fazendas e núcleos coloniais no interior para viver na cidade de São Paulo, passando a trabalhar como artesãos, comerciantes e motoristas de táxi.

   Também houve os grandes donos de fábricas italianos, como Francisco Matarazzo e Rodolfo Crespi, que pertenciam a classes sociais abastadas e que se estabeleceram no Brasil. Já muitos portugueses estabeleceram pequenos e médios negócios em suas próprias residências, frequentemente relacionados ao comércio de gêneros alimentícios.

 


A Imigração no Estado de São Paulo (1880-1920)

 

 
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