Memória da Imprensa
A imprensa que fez história, presente no Arquivo Público do Estado de São Paulo

Correio Paulistano

18 de julho de 1856

Edição da época em que era bissemanal e publicado às terças e sextas-feiras.

15 de maio de 1888

Jornal publica na primeira página o decreto da princesa Isabel, que aboliu a escravidão no Brasil.

28 de julho de 1914

Manchetes trazem notícias sobre o conflito austro-sérvio e o início da Primeira Guerra Mundial.

6 de julho de 1924

Jornal mostra-se contrário à Revolução de 1924 em São Paulo.

Correio centenário

O Correio Paulistano, lançado em junho de 1854, foi o primeiro jornal diário de São Paulo que realmente prosperou, circulando por mais de cem anos, com algumas interrupções. O primeiro diário, de fato, foi O Constitucional, criado meses antes, mas que durou muito pouco.

Fundado por Joaquim Roberto de Azevedo Marques, o Correio Paulistano nasceu com a aspiração de ser imparcial, mas trocou de posicionamento político diversas vezes em sua trajetória. Foi liberal, independente, conservador e republicano, “[...] mudando de orientação editorial à medida que suas crises financeiras exigiam que se amoldasse às circunstâncias políticas ou em decorrência das convicções de seus proprietários”.[1]PILAGALLO, Oscar. História da Imprensa Paulista. São Paulo: Três Estrelas, 2012. p. 33.

Entre suas peculiaridades, foi o primeiro jornal a ser publicado às segundas-feiras e também o primeiro a ser impresso em rotativa no início do século XX, permitindo maior velocidade de impressão e a publicação de mais páginas.[2]SODRÉ, Nelson Werneck. História da Imprensa no Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro: Mauad, 1999. p. 225.

O Correio Paulistano também foi um dos jornais paulistanos a apoiar a Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922. O periódico tinha o modernista Menotti Del Picchia entre seus colaboradores, justificando o motivo de um jornal conservador ter tomado um posicionamento tão arrojado enquanto a Folha da Noite desqualificava os modernistas e suas criações.

De 1930 a 1934, permanece fechado por ordem do presidente Getúlio Vargas, por apoiar a República Velha. De volta à circulação, o jornal é publicado até 31 de julho de 1963, quando é fechado, aos 109 anos.

Houve um primeiro Correio Paulistano lançado em 1831 que, aparentemente, não tem relação direta com o título que mostramos aqui. Para mais informações sobre os dois jornais, veja o texto O primeiro Correio Paulistano de 1831, escrito por Julio Couto Filho, integrante da equipe do Núcleo de Biblioteca e Hemeroteca do Arquivo Público do Estado de São Paulo.

Nos links ao lado, foram selecionadas quatro edições do Correio Paulistano em diferentes fases de sua trajetória.

Acesse 10.001 exemplares desse periódico no Acervo Digitalizado.