A política nacional - crise na República
O furacão de 1922
Os antecedentes de 1924
Por que a cidade de São Paulo?
O caminho para a ação
A cidade e a revolução
Mudança de planos
E depois? A ressaca da revolução
O fim do Movimento Tenentista?

O caminho para a ação

   O primeiro passo do movimento revolucionário foi propagar as ideias de insatisfação diante da crise que o país estava vivendo, que eles acreditavam ser motivada por uma inversão dos valores da República. Falava-se principalmente dos problemas de corrupção e partidarismos que ameaçavam a nação. Em um segundo momento, os revolucionários passaram a divulgar seus ideais dentro dos quartéis, na busca da adesão da oficialidade. Nesse período, estavam definindo suas estratégias de ação, a fim de atingir todo o território nacional, começando por São Paulo.

 

  São Paulo era a cidade do crescimento e reduto de apoio ao presidente Arthur Bernardes. A vigilância policial não era tão intensa quanto no Rio de Janeiro (sobretudo após o acontecimento de 1922), e a ocupação da cidade pelos revoltosos significaria atingir diretamente o Governo Federal, desestabilizando-o, para, em seguida, rumarem à Capital do país. O plano de ação dos revoltosos era simples e eles acreditavam poder ocupar São Paulo em apenas algumas horas.

 

   Primeiramente, iriam cortar e bloquear todas as formas de comunicação da cidade, como ferrovias, telefones e telégrafos. Para o sucesso de seu plano, contavam também com o apoio popular. Dessa forma, na madrugada do dia 5 de julho de 1924 (a data fez referência à Revolta do Forte de Copacabana), o grupo começou a ocupar as ruas de São Paulo e a dominar imediatamente as guarnições do Exército e postos policiais, partindo do Quartel de Quitaúna rumo ao 4º Batalhão da Força Pública.

 

   O objetivo maior era assumir o controle da Capital, e de forma rápida, para o Governo Federal não ter como reagir. A ocupação que deveria ser rápida e sem resistência transformou-se numa guerra civil, que assolou a cidade de São Paulo por 23 dias.