A política nacional - crise na República
O furacão de 1922
Os antecedentes de 1924
Por que a cidade de São Paulo?
O caminho para a ação
A cidade e a revolução
Mudança de planos
E depois? A ressaca da revolução
O fim do Movimento Tenentista?

A política nacional – crise na República

   Para compreender a Revolução de 1924 é preciso retomar a conjuntura nacional daquele momento. O Brasil passava por um período de crise econômica motivada pela queda nas exportações em decorrência da Primeira Guerra Mundial.

 

  O país sofria também com uma crise política gerada pela insatisfação de alguns grupos políticos que não concordavam com o poder concentrado apenas entre representantes de São Paulo e Minas Gerais, acusados de sustentar o protecionismo e os esquemas de valorização do café

 

   Por esse motivo, os grupos opositores dos Partidos Republicanos paulista e mineiro formaram a Reação Republicana, integrada por grupos do Rio Grande do Sul, da Bahia, de Pernambuco e do Rio de Janeiro. Uma das suas reivindicações era a proteção para todos os produtos brasileiros, não somente para o café, como era usual.

 

   Em 1922, os candidatos Nilo Peçanha, apoiado pela Reação Republicana, e Arthur Bernardes, do Partido Republicano, disputaram as eleições presidenciais. O vencedor foi Bernardes, porém alguns militares não queriam deixá-lo assumir a presidência – fato que evidencia um estranhamento entre o presidente e algumas alas das Forças Armadas.