A política nacional - crise na República
O furacão de 1922
Os antecedentes de 1924
Por que a cidade de São Paulo?
O caminho para a ação
A cidade e a revolução
Mudança de planos
E depois? A ressaca da revolução
O fim do Movimento Tenentista?

Os antecedentes de 1924

   Nesse momento polarizam-se grupos de crítica e apoio ao presidente formados por civis e militares em todo o Brasil. Os militares que assumiram uma postura contrária a Bernardes acreditavam serem os únicos que poderiam restaurar a República de 1889, pois consideravam-se acima das classes e dos partidos. Eles defendiam a criação de uma lei eleitoral com garantias de soberania do país e do povo (com restrições, pois este nunca chegaria ao poder) e mostravam insatisfação em relação às lentas promoções que estagnavam muitos em baixas patentes.

 

  Os “revolucionários” de 1924 pertenciam a setores intermediários das Forças Armadas; eram, em sua maioria, tenentes e capitães. O objetivo imediato era a deposição de Arthur Bernardes da Presidência da República, pois ele personificava as oligarquias e elites dominantes que tais oficiais repudiavam. Os “tenentes” defendiam a purificação das instituições republicanas que acreditavam estar corrompidas, criticavam o sistema político vigente dominado pelos poderosos que oprimiam as aspirações populares e ignoravam os princípios republicanos presentes na Constituição brasileira.

 

   Em 1923 foi iniciada a propaganda conspiratória por membros do Exército, encabeçada pelo General Isidoro Dias Lopes e pelos capitães Joaquim Távora e Juarez Távora, com o objetivo de depor o presidente Bernardes. Para ocupar a presidência, posteriormente, havia a proposta de uma Junta Governativa formada por militares.