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O que Nós Possuímos

O APESP é o Arquivo do Poder Executivo Estadual Paulista. Nossa missão é custodiar e preservar os documentos públicos de valor permanente produzidos e acumulados pelas Secretarias e outros órgãos do governo desde o século XVI até os dias atuais.

Pela legislação brasileira, cada um dos poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), de cada esfera da União (Federal, Estadual e Municipal), deve ter seu arquivo público próprio. Entretanto, ao longo de sua história o APESP recebeu também alguns documentos de outros poderes, de alguns cartórios e municípios.

Por fim, além dos documentos produzidos e acumulados por órgãos públicos ou que desempenham funções públicas, o APESP custodia também documentos de pessoas ou entidades de caráter privado, recolhidos por meio de doações ou compras.

Alguns dos conjuntos de guarda permanente mais relevantes são:

  • Os inventários e testamentos dos bandeirantes, época do Brasil Colônia;
  • Os primeiros censos produzidos no Estado entre 1765 e 1850, chamados de maços de população;
  • Documentos da primeira fábrica de ferro de São Paulo (1765-1870), localizada em Sorocaba e operada por escravs e metalúrgicos suecos;
  • Diversas cartas de liberdade de escravos, registradas em cartório; os livros de matrícula dos imigrantes que vieram para São Paulo pelo porto de Santos;
  • ragmentos de projéteis e cartas dos sobreviventes do Massacre do Carandiru (1992), que pertencem ao acervo da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos;
  • Laudos do Instituto Médico Legal, desde 1892, indicando do que morriam os paulistas e com informações que auxiliaram membros das Comissões da Verdade na apuração da identidade dos mortos enterrados na vala clandestina de Perus, local utilizado para a ocultação de cadáveres de militantes políticos mortos pela ditadura civil-militar;
  • Além do acervo do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS-SP), com aproximadamente cinco milhões de fichas, prontuários e processos de investigação do período de 1924 a 1983. No DEOPS-SP, encontram-se prontuários de pessoas famosas como o escritor Monteiro Lobato e a poetisa Patrícia Galvão, além estudantes, operários, pessoas desaparecidas e anônimos que foram alvo da repressão.
  • Também merecem destaque os documentos fotográficos dos jornais Diários Associados, Última Hora, Movimento e Aqui São Paulo, além das coleções de fotos e álbuns que retratam importantes personagens, paisagens e atividades econômicas entre o final do século XIX e início do século XX.
  • O acervo sob guarda do Arquivo Público possui ainda documentos de ex-governadores paulistas como Washington Luís, Altino Arantes, Júlio Prestes, Armando Sales de Oliveira, José Carlos de Macedo Soares, Ademar de Barros e Mario Covas.

Já no Arquivo Administrativo da instituição, cerca de 90 mil caixas de documentos produzidos pelas entidades e órgãos públicos estaduais passam por tratamento técnico (classificação, avaliação, higienização mecânica e desmetalização dos documentos), procedimentos que irão definir a sua eliminação ou recolhimento para a guarda permanente.

O acervo textual público é constituído por fundos provenientes, principalmente, das secretarias de Estado, desde o período colonial, passando pelo Império e a República. Os fundos mais significativos, por sua importância histórica e pelo seu volume documental, são a Secretaria de Governo da Capitania (1721-1823), Secretaria de Governo da Província (1823-1892), Secretaria da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (1892-1927), Secretaria do Interior (1892-1930), Secretaria da Justiça e Segurança Pública (1906-1934) e Secretaria da Educação e Saúde Pública (1932-1947). O Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS-SP) é também um dos conjuntos documentais mais consultados e procurados do acervo, com a finalidade de pesquisa histórica e reparação de direitos.

A documentação do acervo textual público é composta por mais de 25 mil caixas de arquivo e 29 mil livros, que abrangem o período colonial até a década de 1990. Cumpre explicar que a documentação posterior a 1930 é bastante fragmentada, pois antes do Arquivo do Estado implementar uma política de gestão documental na década de 1980, cada secretaria e órgão de governo dispunham e eliminavam seus documentos de forma arbitrária, sem compromisso com a memória. Para saber mais sobre gestão documental, clique aqui. A consulta aos fundos do acervo textual público pode ser feita utilizando-se o Guia do Acervo e demais instrumentos de pesquisa ou navegando pelo acervo digitalizado.

O acervo textual privado é constituído por diversos conjuntos documentais produzidos ou acumulados por pessoas ou entidades de caráter privado, recolhidos por meio de doações ou compras. Hoje, eles somam dezenas de fundos, que incluem documentos de ex-governadores paulistas, como Washington Luís, Altino Arantes, Júlio Prestes, Armando Sales de Oliveira, José Carlos de Macedo Soares e Ademar de Barros, além de diversas personalidades que participaram da vida política e cultural de São Paulo.

O acervo textual privado também abriga os acervos do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e da Maternidade de São Paulo, bem como de bancos, jornais e partidos políticos. Para maiores informações, veja o Guia do Acervo e demais instrumentos de pesquisa ou navegue pelo acervo digitalizado.

O Acervo Iconográfico é constituído por aproximadamente 2,5 milhões de documentos, entre fotografias, negativos, diapositivos, contatos, filmes e ilustrações. Há negativos e diapositivos em vidro; negativos flexíveis em vários formatos e bases; ampliações em papel fotográfico contemporâneo e antigas ampliações que utilizam processos do século XIX, como papel albuminado. A maior parte dessas ampliações fotográficas é em preto-e-branco e foram produzidas durante o século XX. As ilustrações apresentam-se em papéis de qualidade e acabamento bastante diversificados.

Entre os principais fundos destacam-se as fotografias dos jornais Última Hora, Diários Associados, Movimento e Aqui São Paulo, além de coleções e álbuns do final do século XIX e início do século XX, como Guilherme Gaensly, Escola Normal e Vistas de São Paulo. No acervo também há documentos fotográficos gerados pelo poder executivo do estado de São Paulo, que compõem o fundo Secretaria de Governo.

Para saber um pouco mais a respeito do Acervo Iconográfico, consulte o Guia do Acervo e demais instrumentos de pesquisa ou navegue pelo acervo digitalizado.

O Acervo Cartográfico reúne cerca de 30 mil documentos, entre mapas, plantas, croquis, esboços e cadernetas de campo produzidos entre os séculos XVI ao XIX. As peças cartográficas, que possuem grande diversidade de formato, tamanho, apresentação e estado de conservação, são oriundas de diversos órgãos: 2º Cartório de Notas, Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP), Instituto Geográfico e Cartográfico (IGC), além da coleção acumulada pelo próprio Arquivo Público do Estado de São Paulo.

O Centro de Arquivo Administrativo (CAA) recebe por transferência os documentos encerrados provenientes dos órgãos e entidades do Poder Executivo do Estado de São Paulo para arquivamento e cumprimento de prazos de guarda.

No CAA, os documentos aguardam os prazos estabelecidos nas tabelas de temporalidade de documentos para serem eliminados, ou então, recolhidos para o Arquivo Permanente quando possuem valor histórico, informativo e probatório, onde serão disponibilizados para pesquisa pública.

Os órgãos e entidades estaduais podem solicitar o empréstimo desses documentos para vistas, para serem reativados ou, simplesmente, para consulta.

A consulta aos documentos custodiados pelo CAA está disponível aos órgãos e entidades produtores e, também, ao público em geral, observadas as restrições estabelecidas pela Lei de Acesso à Informações (lei federal nº 12.527/2011) em relação aos documentos classificados como sigilosos e com informações pessoais.


O acervo da Biblioteca e Hemeroteca do APESP é composto por cerca meio milhão de itens, em sua maioria produzidos entre início do séc. XIX e primeira metade do séc. XX.

Somados, os fundos e coleções sob guarda da Biblioteca e Hemeroteca totalizam cerca de 100 mil publicações avulsas (livros, folhetos, teses e dissertações), e 400 mil exemplares de publicações periódicas, distribuídos em 10 mil títulos diferentes (jornais, revistas e boletins).

Entre estes conjuntos, merecem destaque: relatórios das companhias de estrada de ferro, de órgão públicos em diferentes níveis (Secretarias, Ministérios, Presidência), anais do Senado e Câmara dos Deputados, a hemeroteca do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, bibliotecas pessoais de ex-governadores, como é o caso de Washinton Luis e Júlio Prestes, além de publicações do próprio APESP.

No momento, este acervo passa por um processo de reorganização. O intuito é aprimorar rotinas técnicas envolvendo a identificação, o armazenamento e a conservação dos documentos sob nossa guarda, além de oferecer novas e melhores ferramentas de pesquisa.

Neste ano serão disponibilizados cerca de 600 mil registros para consulta, sendo mais de 14 mil já digitalizados, e em plataforma de busca integrada.

Consulte aqui nosso acervo digitalizado.


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