Futebol e marketing
Amar, odiar, chorar, gritar, berrar, xingar e emocionar-se são alguns sentimentos e ações que logo nos vêm à cabeça quando falamos de futebol.
Porém, pensar nesse esporte nos nossos dias também é associá-lo a fatores que saem do âmbito emocional e partem para questões mais objetivas: marcas, produtos, patrocinadores, propagandas, cachês altos, quantias exorbitantes de dinheiro, contratações bilionárias etc.
Desde as primeiras décadas do século XX no Brasil, empresas valiam-se de esportes em ascensão, como o futebol, para vincular sua imagem à aspectos positivos por eles sugeridos. Propagandas com esses conteúdos, divulgadas em jornais e revistas, foram frequentes, principalmente em períodos de Copa.
No Brasil, o futebol começou mais fortemente a ser sinônimo de bom negócio e a chamar atenção de investidores para o patrocínio do esporte a partir da década de 1980. Antes desse período, os patrocínios aos clubes restringiam-se ao fornecimento de material esportivo.
A prática de fazer publicidade nos uniformes dos jogadores teve início no período da “Democracia Corinthiana”, em 1982, especificamente no episódio em que os jogadores do Corinthians trouxeram em suas camisas os seguintes dizeres: “Dia 15 Vote”. Na verdade, era uma publicidade de cunho cívico que convocava a população para as primeiras eleições diretas ainda no regime-militar (1964-1985).
A partir de então, viu-se uma ótima oportunidade de aliar a publicidade de marcas e produtos a times de futebol. Buscava-se retorno publicitário e vendas e, para tanto, contava-se com o alcance e a visibilidade regional e nacional que o futebol possuía.
Por outro lado, outra estratégia utilizada para arrecadação de verba para os clubes são os investimentos na produção e venda de produtos relacionados ao próprio time, que vão desde camisas oficiais, adesivos, canecas e bicicletas até a adesão social ao clube.
