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A FEPASA

Após atingir sua expansão máxima na década de 1940, as ferrovias paulistas entraram em um processo de refluxo, em grande parte derivado da diversificação econômica do país e, consequentemente, do declínio da economia cafeeira.

Se na década de 1920 as rodovias construídas em São Paulo durante o governo de Washington Luís (1920-1924) ainda não representavam uma ameaça às ferrovias, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) tem início uma progressiva substituição das ferrovias pelas rodovias como matrizes de transporte no Brasil e no estado de São Paulo, revelando uma clara prioridade à indústria automobilística que se consolidaria no mandato de Juscelino Kubitschek (1956-1961).

Nesse sentido, a empresa Ferrovia Paulista S.A, instituída pelo decreto nº 10.410, de 28 de outubro de 1971, é o resultado de um longo processo de estatização das ferrovias em São Paulo que, sob controle privado, começaram a dar prejuízos a seus proprietários. Tal processo foi iniciado em 1919 com a incorporação da Estrada de Ferro Araraquara e da Estrada de Ferro Sorocabana à administração estatal.

Em 1929 a Estrada de Ferro São Paulo–Minas sucumbe à má administração de seus proprietários e declara falência. Devido ao ocorrido, o Estado assume a ferrovia em 1930, normalizando suas operações no ano seguinte. O fim da “era ferroviária”, na década de 1950, faz com que chegue a vez da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro passar às mãos do Estado, no ano de 1952.

Na década seguinte, em 1961, chega o momento da Companhia Paulista de Estradas de Ferro passar pelo mesmo processo, também devido a problemas financeiros, contando, nesse caso, com enorme pressão exercida pelos trabalhadores em prol da encampação. Nesse mesmo período é realizado um estudo pelo Instituto de Engenharia de São Paulo sugerindo a formação da Rede Ferroviária Paulista. Projetos nesse sentido são enviados à Assembleia Legislativa do Estado em 1962, 1966 e 1971.

O último dos projetos acima é o responsável pela formação da FEPASA, oficializando algo que, na prática, já estava quase ocorrendo, visto que desde 1967 a São Paulo–Minas já estava sendo administrada pela Mogiana, e a Araraquara pela Companhia Paulista. Somadas à Sorocabana, formaram a FEPASA, contando, no ato de sua fundação, com aproximadamente 5 mil quilômetros de trilhos e aproximadamente 36 mil funcionários. A empresa funcionaria por 27 anos.

 

FERROVIAS PAULISTAS S.A. Estatutos Sociais. [S.l.], [s.d.]. Acervo APESP. Fundo SETRANS [Fepasa]. CO9462. P00516.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Transportes. Ferrovias do Estado e da Grande São Paulo. São Paulo, 1977. 1 mapa, 82 cm x 93 cm. Escala 1:1000000. Acervo APESP. Coleção Mapoteca.

Arquivo Público do Estado de São Paulo