O Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista: de Luiz Gama ao Jornal A Redempção, realizado nos dias 3 e 4 de novembro de 2015, no auditório do APESP, inaugurou exposição com título homônimo, com o objetivo de divulgar a coleção do jornal abolicionista A Redempção, restaurada e custodiada por este APESP, e que rendeu mais um prêmio de certificação no Registro Nacional do Programa Memória do Mundo, da UNESCO, em nível nacional.

Abertura Institucional.
Seminário: A Imprensa Abolicionista Paulista – de Luiz Gama ao Jornal A Redempção
(19:06)
Maria Helena P.T. Machado, Izaias José de Santana, Nelly Martins Ferreira Candeias e Floriano Pesaro.

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
Quem pode contradizer Rei Lottor? Uma análise dos projetos a respeito do trabalho dos libertos nas páginas do jornal A Redempção.
(28:53)
Maria Helena P. T. Machado
A palestra busca elucidar o contexto histórico em que o jornal “A Redempção” é fundado. O cenário da abolição e como esta se revelava no estado de São Paulo. Havia uma parcela de “abolicionistas” que defendia a necessidade de se extinguir a escravidão, mas mantendo o negro sob regime de trabalho similar. Os fundadores do jornal, entre eles Rei Lottor, codinome de um deles, eram contrários as essas ideias conservadoras. Explanando sobre esta questão, Maria Helena destaca e explica o contexto de uma das frases mais famosas de Lottor: “Nós abolicionistas já não nos contentamos com a abolição, queremos a reparação”.

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
O avesso da propriedade: escravidão, abolição e racismo nas páginas do jornal A Redempção
(29:30)
Lilia Schwarcz
Lilia se propõe a analisar um aspecto do jornal que considera de extrema importância: seu estilo, que, segundo ela, se pautava na inversão de valores com muito humor e muita chacota, que denunciavam a real situação da época, ironizando outros jornais e a postura dita abolicionista que estes adotavam.

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
O jornal A Redempção: abolicionismos.
(26:32)
Alexandre Otsuka
O palestrante concentra sua explanação na figura do principal redator-chefe do jornal “A Redempção”: Antônio Bento de Sousa e Castro. Formado em Direito, Antônio Bento inicia sua jornada abolicionista em 1882. Durante sua trajetória foi considerado um importante líder do grupo abolicionista chamado Caifaz e um dos principais nomes da luta contra a escravidão

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
Debate Mesa 1 – A Redempção e o movimento abolicionista
(40:22)

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
Lições de “resistência”: o ativismo de Luiz Gama na imprensa paulista pré-abolição.
(33:23)
Ligia Ferreira
Luiz Gama, autodidata e ex-escravo, advogado, escritor e jornalista é a figura central desta palestra. Ao se lançar na carreira de jornalista, seus feitos e textos passam a figurar os jornais abolicionistas da época. Segundo a palestrante, o ativismo de Luiz Gama amadurece em apenas três anos e suas ações e métodos espelham as particularidades de um movimento iniciado vinte anos antes da abolição.

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
A civilização, a lei e as lágrimas: a retórica antiescravista em O Abolicionista, a Gazeta da Tarde e A Redempção
(26:12)
Ângela Alonso
Esta palestra coloca em pauta a questão do movimento da abolição no Brasil no contexto da imprensa abolicionista. Tem como ponto principal a retórica que aparece neste jornal e que é compartilhada por outros periódicos congêneres. A palestrante respalda-se na retórica reacionária de Hirschman para elucidar os argumentos abolicionistas vesus os escravistas e como eles se apresentavam no contexto da época.

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
Na imprensa e pela imprensa: uma história do abolicionismo no Rio de Janeiro
(37:42)
Cláudia Santos
Cláudia se propõe a apresentar mais questões do que respostas numa tentativa de provocar reflexões sobre a imprensa abolicionista. Sugere uma análise do movimento abolicionista do Rio de Janeiro em relação direta com a imprensa, partindo de três questões principais: “Como situar os jornais abolicionistas no processo de constituição da grande imprensa? ” “Qual o raio de ação desses escritos em um país majoritariamente analfabeto?” e “Além da abolição da escravidão, esses jornais reivindicaram outras reformas?”.

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
Debate mesa 2 – Abolição, imprensa e imprensa negra
(42:44)

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
O Escravo no Arquivo Público do Estado: fundos, documentos e fontes
(28:24)
Marcelo Quintanilha
Esta palestra discorre sobre como o fenômeno da escravidão pode ser pesquisado no Arquivo Público do Estado de São Paulo. Fundos, documentos e fontes relacionados ao tema são os mais procurados na instituição. Para realizar sua abordagem, Marcelo se pauta em três premissas: como a figura do escravo aparece na produção de documentos, visto que são poucos os produzidos diretamente por eles; como a escravidão é registrada em boa parte da documentação produzida e acumulada em São Paulo (documentos cartoriais, judiciais e administrativos); e ainda, como se dá a organização documental na instituição.

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
O restauro do jornal A Redempção
(28:24)
Norma Cassares
A palestra é realizada para relatar o processo de restauro realizado pela equipe de Conservação do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Norma relata que este processo se inicia com a avaliação do suporte, neste caso o papel. Segundo ela, quando falamos em papel jornal, falamos do pior tipo de matéria prima. Em seguida, há um trabalho de recuperação de sua forma física e da integridade das informações contidas no jornal.

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
Caminhos de paz.
(22:59)
Nelly Martins Ferreira Candeias
Nelly discorre, principalmente, sobre o Instituto Histórico e Geográfico e do legado deixado pelo jornal A Redempção à Instituição.

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
Ações Afirmativas para a População Negra.
(20:59)
Elisa Lucas Rodrigues
Elisa fala sobre as principais ações em favor da População Negra conquistados no Estado de São Paulo e, sequentemente, em outros Estados da União. Destaca o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo; no âmbito da Educação, aborda o sistema de cotas nas Etec’s, nas Universidades Estaduais e Federais; por fim, o trata do primeiro Comitê sobre saúde da população negra.

Seminário A Imprensa Abolicionista Paulista
Debate mesa 3 - A Imprensa Abolicionista Paulista – de Luiz Gama ao Jornal A Redempção
(1:01:48)