Embora muito distante dos grandes centros urbanos da época, a região de Araraquara foi, em dois momentos, parte de uma rota estratégica que acabou incentivando sua ocupação. Isso aconteceu pela primeira vez no início do século XVIII, quando foi descoberto ouro em Mato Grosso. Em 1790, chega à região o fazendeiro Pedro José Neto, considerado o primeiro branco a se estabelecer na região. A cidade cresceu e progrediu com base nas lavouras de cana-de-açúcar e milho, ao lado de outros cereais, do fumo e do algodão, e também da criação de suínos e bovinos. A lavoura de café começou no município em 1850.

Durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), Araraquara ficava em um dos caminhos que levavam as tropas brasileiras ao Mato Grosso e, de lá, para as frentes de luta no Paraguai. Em 1885, a chegada da Estrada de Ferro Araraquarense estimulou o crescimento da cidade, primeira no interior a ser servida por linhas de ônibus elétricos. A partir de 1930, a decadência da cafeicultura abriu espaço para novas culturas. Na década de 60, ao mesmo tempo em que se constituiu como centro comercial e de serviços, Araraquara tornou-se um dos principais núcleos nacionais da agroindústria sucroalcooleira e citrícola.