LINHA DO TEMPO


No rastro de dores e curas
Navegue nesta linha cronológica que destaca alguns dos grandes marcos políticos, acontecimentos importantes na área da saúde, a legislação da época e, principalmente, a criação de entidades e instituições que justificam a formação da política de saúde no estado de São Paulo, até 1947. Boa viagem!
CRONOLOGIA DA SAÚDE PÚBLICA EM SÃO PAULO
Alguns marcos legais, históricos, administrativos e institucionais da "função saúde" entre 1802 e 1947.
Saúde no Brasil Colônia
No início do século XVIII o Brasil seguia como colônia de Portugal. Entretanto, impulsionado pelo desenvolvimento das relações econômicas mercantilistas e pela Revolução Francesa (1789) o mundo ocidental experimentava grandes transformações que desencadearam a formação de estados nacionais. Em 1808, em decorrência da invasão francesa de Portugal pelas tropas de Napoleão no ano anterior, a corte portuguesa se transfere para o Rio de Janeiro. Até a Proclamação da República, a função Saúde esteve abrigada nas Secretarias de Governo da Capitania (SEGOVC) e da Província (SEGOVP), repartições administrativas que assumiam várias outras macrofunções. Nesse período, as instituições beneficentes e filantrópicas eram aquelas que assumiam mais diretamente a assistência à Saúde, especialmente as Santas Casas de Misericórdia.
Estruturas precárias
Entretanto, não havia estruturas sólidas para atendimento das enfermidades da população. Os enfermos eram tratados em casa. "As enfermarias paulistanas tinham, em geral, caráter improvisado e temporário, sendo montadas com o objetivo de segregar, de modo compulsório, social e espacialmente, os doentes atacados de doenças infectocontagiosas – entre elas, as famigeradas bexigas (varíola) – e, para isso, adaptavam-se quase sempre edificações preexistentes, situadas em pontos então considerados distantes da zona urbana".1
Práticas médicas: ciência incipiente, saber popular e charlatães
(...) A medicina no período aqui considerado era também muito precária, sendo poucos os profissionais da saúde existentes em São Paulo. As Atas da Câmara citam em geral cirurgiões e barbeiros. Os primeiros, encarregados de realizar operações, pensar feridas [aplicar pensos em (N.E.)], reduzir fraturas, mas não podendo diagnosticar doenças nem receitar remédios; os últimos, aptos apenas para arrancar dentes, deitar bichas (sanguessugas), aplicar ventosas ou fazer sangrias. Médicos, de verdade, então chamados físicos, que tinham o título de doutor e a condição de profissionais liberais, parecem ter sido raros. Charlatães e curandeiros, porém, havia muitos. Trabalhavam clandestinamente, sem a necessária licença da Câmara, e praticavam a medicina popular, num suposto misto de tradições portuguesas, indígenas e africanas, feito à base de rezas, benzeduras, passes, esconjuros, mezinhas [remédios caseiros (N.E.)], elixires e simpatias. De qualquer forma, a Medicina erudita da época não era muito mais eficaz que as tradições médicas populares. Firmada em falsas premissas, estava ela também eivada de crendices e superstições. Acreditava-se, por exemplo, que os fenômenos cósmicos, atmosféricos, ou até mesmo astrológicos, tais como, raios, cometas e determinadas conformações astrais (sobretudo envolvendo os planetas Saturno, Júpiter e Marte) eram capazes de desencadear surtos infecciosos. Os maus ares podiam causar vários tipos de febres, entre elas, evidentemente, a malária, doença cujo nome tem origem etimológica diretamente ligada ao seu suposto agente patogênico. E também, segundo as concepções daquele tempo, a luz da lua cheia provocava alienação mental, além de causar a deterioração dos alimentos.2

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