Podemos localizar os primórdios do futebol em diferentes períodos da nossa história. Desde a antiguidade, várias civilizações tinham como “prática esportiva” jogos de bola com os pés, os quais podem ser relacionados ao futebol que hoje conhecemos.
Na China, por volta de três mil anos antes de Cristo, soldados utilizavam-se do jogo com bola para treinamento militar. No Japão, com bolas feitas de fibras de bambu, o jogo era passatempo da realeza. Em ambos os países, a proposta do jogo era a de passar a bola para os companheiros sem derrubá-la no chão.
No Ocidente, indícios apontam para a prática de jogos com bolas pelas civilizações americanas e européias. No caso da prática desenvolvida nas Américas, alguns pesquisadores evidenciam a utilização das mãos como outro elemento corporal no jogo. Na Europa, a prática assemelhava-se à forma oriental, porém esse tipo de jogo não era ainda o futebol, pois não se baseava em regras.
No período medieval, surge, na Inglaterra, algo parecido com o futebol moderno, sendo popular entre os vários estratos sociais: dois grupos de pessoas corriam atrás de uma bola de couro com o objetivo de levá-la até o lado adversário. Durante alguns reinados, o “esporte” foi proibido por ser considerado muito violento.
A abertura e a aceitação em relação a esse tipo de prática deram-se a partir do século XVII, mas, somente no início do XIX, o esporte foi introduzido nos currículos escolares ingleses, sobretudo nas universidades, que tinham como finalidade oferecer uma formação global tanto no aspecto intelectual como no aspecto físico e recreativo. Por conta dessa incorporação, a Inglaterra é vista como o berço ocidental do futebol moderno, cujo ano considerado marco inicial, por muitos entendidos no assunto, é 1863, data de criação da Football Association em decorrência da separação do futebol que permite o uso das mãos - o rúgbi - daquele que não permite, o soccer.