Topo

APESP lança dois catálogos de descrição arquivística

Publicado em 16/03/2023 | Fonte: Aryan Rocha/Comunicação/APESP

O Arquivo Público do Estado (APESP) lançou em 2022 os catálogos “Coleção Revolução de 1932” e “Inês Etienne Romeu”. Neles está a descrição dos documentos que pertencem ao acervo do Núcleo de Acervo Privado (NAPr), do Centro de Acervo Permanente.

A equipe do NAPr iniciou os trabalhos em 2019. Porém, devido à pandemia da COVID-19, as atividades foram suspensas. Em 2022 a equipe retomou o trabalho com uma revisão dos catálogos existentes, inserindo notação específica junto com a descrição individual de cada documento. A notação é um número atribuído a cada documento, conforme descrito no acondicionamento. Ao total, mais de seis mil itens documentais foram diagnosticados, ordenados, identificados e descritos com a notação recebida.

Na descrição é possível encontrar informações sobre o assunto alinhado à atividade dos documentos de cada coleção. Também está descrita a origem de cada documento, como localidade, data do documento, além da técnica de registro do documento, como exemplo, se é datiloscrito, impresso, manuscrito etc.

A “Coleção Revolução de 1932” faz parte do Fundo Áureo de Almeida Camargo e possui 3.745 documentos textuais além das iconografias. Ao manusear a documentação, encontramos uma riqueza de tipologias documentais: carta, folheto, cartazete, carteira de identidade do escoteiro, poemas, hinos etc. Os documentos foram compostos por uma série de organizações, como, por exemplo, pelo Arquivo do Batalhão 14 de Julho, Arquivo do M.M.D.C., Comissão da Campanha do Ouro, Liga Paulista Pró-Constituinte, entre muitos outros.

O acervo de Inês Etienne Romeu é composto por 2.860 documentos: 1.812 são textuais, e os demais são documentos iconográficos, bibliográficos, audiovisuais, sonoros e tridimensionais. Foram produzidos entre 1946 e 2015, que retratam a vida pessoal, profissional e política de Inês. Muitos documentos, como relatórios, cartas, partes de processo judicial representam a época em que Inês esteve presa e o período imediatamente posterior, mostrando a luta incansável pela denúncia dos horrores do regime militar e pela defesa da anistia política. Também encontramos uma grande variedade das tipologias documentais nesse fundo, como aerogramas, telegramas, cartas, bilhetes, cartões, requerimentos, artigos acadêmicos, poemas, convites, noticiário, desenhos, charges, anotações, programas de evento, prontuários, entrevistas, livros, entre outros.

Todo o trabalho foi feito pela equipe do Núcleo de Acervo Privado, que é composta por Sheila Aparecida Rodrigues Soares, diretora técnica do núcleo, Ana Cândida Silva Martins de Carvalho, Ana Sara Cunha Lara, Cláudia Araújo Marcolino, Lilian Pagano e Sérgio Sasaki.