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Arquivo Público encerra Oficina de Paleografia direcionada aos profissionais de instituições de acervo e estudantes da área

Publicado em 29/04/2024 | Fonte: APESP/Comunicação

Na última sexta-feira (26) foi encerrada a ‘Oficina de Paleografia – Introdução ao método de leitura e transcrição de documentos (séc. XVI ao XIX)’, realizada pelo Departamento de Preservação e Difusão do Acervo do APESP.

Com a participação de 50 alunos, a oficina ministrada por Judie Abrahim - diretora do Núcleo de Paleografia do APESP - abordou o documento manuscrito desde o primeiro contato com o texto e sua materialidade até a compreensão e normalização da transcrição.

A oficina utilizou documentos relacionados ao tema da exposição "Presença Negra no Arquivo". A professora Maria Cristina Wissenbach, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), abriu o curso com uma aula sobre Tiodora, uma das personagens da mostra. Tiodora teve suas cartas, datadas de 1866, registradas por Antonio dos Santos, escravizado letrado.

História da escrita e tipos de letra, funções, objetivos e sistemas de abreviações foram alguns temas tratados durante a semana. De acordo com a diretora e professora Judie Abrahim, para analisar uma escrita antiga é importante compreender os recursos que o escritor dispunha na sua época, como tipos de tintas, instrumentos de escrita e suportes. “São informações importantes para a análise paleográfica e definição do período e região em que o documento foi produzido, explica Judie.

Adriana Sinibaldi, consultora de história da família e genealogia do Centro do Family Search Caxingui, conta que procurou o curso pois trabalha com documentos antigos para montar árvore genealógica e encontrar pessoas e famílias. “Achei muito interessante e gostaria de me aprofundar no tema, fazer outros cursos”, diz.

Direcionada aos profissionais ligados a arquivos, museus, centros de memória e documentação, bibliotecas, cartórios, tabeliões e estudantes, a oficina ofereceu as ferramentas e conhecimento para outras instituições e municípios que trabalham com fontes primárias.

“A oficina cumpriu seu objetivo de disseminar o conhecimento e oferecer ferramentas para profissionais que trabalham em diversas instituições”, conclui Judie Abrahim”.



Na oficina, os alunos puderam desenvolver a habilidade de leitura paleográfica e compreensão da escrita e transcrição.


A professora e diretora do Núcleo de Paleografia do APESP, Judie Abrahim. 


Aula de abertura com professora Maria Cristina Wissenbach, da FFLCH-USP.


Também serão abordados temas como a história da escrita, tipos caligráficos e sistemas de abreviações.



Da esquerda para direita: Elisangela Queiroz, servidora do APESP; a professora Maria Cristina Wissenbach; Judie Abrahim, diretora Núcleo de Paleografia; Sérgio Hideki, servidor do APESP; e o coordenador Thiago Nicodemo.