A Cigarra ilustra o dia–a–dia da Paulicéia
"Leveza e graça" era o lema da Cigarra, que tinha como compromisso entreter, divertir e agradar os seus leitores.
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Notícias Gráficas mobiliza trabalhadores
No breve intervalo democrático de 1945 a 64, um jornal sindical chama seus leitores à luta.
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Movimento: resistência contra a ditadura
Nos primeiros quinze anos da ditadura militar, surgiram vários jornais alternativos de oposição, como O Pasquim (1969), Opinião (1972) e Movimento (1975). Este último, fundado pelo jornalista Raimundo Pereira, começou como dissidência do Opinião. Sua proposta era de representar uma frente ampla das forças de oposição ao regime, com nada menos que 200 acionistas.
Desde seu surgimento, o semanário foi alvo preferencial dos censores. Em 1978, quando a censura prévia foi suspensa, o jornal calculava que tinham sido cortados, até aquela data, nada menos que 3.093 artigos e 3.162 ilustrações. E não era à toa: o jornal centralizava sua atuação na luta pelas liberdades democráticas, na denúncia do imperialismo e em questões sociais como os direitos da mulher e do trabalhador. Publicava também matérias do Le Monde francês.
A principal campanha do Movimento foi pela anistia aos exilados e presos políticos, parcialmente conquistada em 1979. Mas na década de 80, o jornal enfrentou muitos problemas: os ataques terroristas às bancas de jornais, o processo contra seu diretor-responsável, Antonio Carlos Ferreira, e o esgarçamento da frente ampla que o sustentava. Todos esses obstáculos levaram ao fechamento do veículo, em novembro de 1981.
Fontes:
– Revista Histórica, ano 2, Número 2, Arquivo Público do Estado de São Paulo, São Paulo, 2000.
– "Movimento", Blog Mídia Alternativa, 25/8/2009, http:// midiaalternativabypc.blogspot.com/ 2007/ 04/ movimento.html.
– Coleção do Jornal Movimento do Arquivo Público do Estado.