A Cigarra ilustra o dia–a–dia da Paulicéia

"Leveza e graça" era o lema da Cigarra, que tinha como compromisso entreter, divertir e agradar os seus leitores.
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Notícias Gráficas mobiliza trabalhadores

No breve intervalo democrático de 1945 a 64, um jornal sindical chama seus leitores à luta.
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Lanterna assumiu a bandeira do anticlericalismo

Fundado em 1901, o jornal A Lanterna teve como primeiro diretor Benjamim Mota, que também criou outras publicações de esquerda, como O Libertário e O Rebelde. Intitulando–se um "jornal de combate ao clericalismo", deixava claras suas intenções desde o primeiro número: "Seremos legião amanhã, quando todos os que sabem quanto o clericalismo é prejudicial, quanto o jesuitismo é nefasto, quanto o beatismo embrutece os povos, decidirem vir engrossar as nossas fileiras". A publicação do jornal foi suspensa em 1904, e retomada em 1909, já sob a direção de Edgard Leuenroth.

O anticlericalismo era parte importante da ideologia anarquista da época. Cada vez mais próxima do Estado, a igreja era apresentada pelo jornal como um instrumento do atraso, retirado da vida política nos países desenvolvidos, mas que no Brasil encontrava campo para sua atuação, principalmente entre mulheres e trabalhadores. Daí a reivindicação anarquista, de não−ingerência do clero na vida política e, principalmente, na educação oficial. Além de artigos doutrinários, A Lanterna também veiculava denúncias, como a de um suposto ataque de sacerdotes paranaenses contra templos protestantes.

Apesar de contrariar a ideologia oficial da República Velha, e mais tarde, a do governo Getúlio Vargas, A Lanterna teve vida longa: com diversas interrupções, chegou até 1935.

Fontes:
– TUCCI CARNEIRO, Maria Luiza, e KOSSOV, Boris, A Imprensa Confiscada pelo DEOPS 1924–1954, Arquivo Público do Estado de São Paulo / Ateliê Editorial / Imprensa Oficial, São Paulo, 2003.

A Lanterna
Nº262– 3/10/1914