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Uma cidade passada a limpo

Em fins do século XIX, Santos assumiu lugar de destaque na economia do país, centrada na exportação do café. A cidade se encheu de imigrantes e ex–escravos em busca de trabalho no porto, e as condições sanitárias ficaram péssimas. O sistema de esgotos era deficiente. O clima santista é quente e chuvoso, e as águas se acumulavam nas áreas planas. O pior problema era a febre amarela — 31 epidemias da doença castigaram Santos nessa época. Em 1889, a Associação Comercial veio a público declarar: "O saneamento de Santos torna–se uma necessidade inadiável para garantir não só a vida da população, mas altos interesses de ordem econômica". Foram formadas comissões para discutir o problema.

O projeto vencedor foi o do engenheiro Saturnino de Brito, que propunha um sistema separador absoluto.

A cidade teria canais de drenagem superficial, completamente separados da rede de esgotos, que levariam a água da chuva para o mar. Um conjunto de comportas, acionado pelas próprias marés, regularia o vai–e–vem das águas, que nunca ficariam paradas. O projeto também contemplava o problema dos esgotos, com a construção de um emissário submarino. Para sustentar o sistema de tubulações, foi erguida a segunda ponte pênsil do país.

As obras de saneamento de Santos funcionam até hoje. O primeiro canal foi inaugurado em 1907; a Ponte Pênsil, em 1914. Foram dias de festa para a cidade. O Diário de Santos, fundado em 1872 e publicado até a década de 20, registrou este trecho da história.

Diário de Santos
Nº 269 – 27/8/1907

Diário de Santos
Nº 192 – 25/4/1912

Diário de Santos
Nº 193 – 26/4/1912

Diário de Santos
Nº 220 – 22/5/1914