RESISTÊNCIA

     Resistência

     Os opositores ao Regime Militar defendiam um ideal comum: pôr fim à repressão política que coagia a população por meio de torturas, perseguições, banimentos, desaparecimentos e exílios.

     Além disso, o golpe militar estava estreitamente ligado a interesses estrangeiros, favorecendo em especial os norte-americanos que lucravam com a venda de empresas brasileiras por preços módicos. Nesse mesmo período o latifúndio foi reforçado, assim como a repressão aos trabalhadores, à imprensa e à oposição no Congresso Nacional.

     O movimento estudantil já figurava como um grupo atuante nas questões políticas do país antes do golpe. Sua trajetória fez com que os militares o identificasse como ameaça, passando logo a ser alvo de coerção, entrando para a clandestinidade. No campo, houve a formação de Ligas Camponesas, instrumentos de organização e de atuação, que também foram reprimidas. No cenário sindical as tentativas combativas eram limitadas pela repressão, mas a luta dos trabalhadores não foi abafada. Por fim, os movimentos mais radicais optaram pela luta armada, destacando-se a Ação Libertadora Nacional (ALN), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e o Partido Comunista do Brasil (PCd B), este uma dissidência do PCB.

     Todos esses movimentos sociais lutavam contra o Regime Militar, que, com suas medidas repressoras, fez ruir a base da democracia, privando os cidadãos da liberdade de expressão. Mesmo diante da perseguição política, esses movimentos de resistência não se calaram, sendo porta-vozes de denúncias fundamentais para o fim da ditadura.

30 anos da
Lei de Anistia
no Brasil

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