HIGIENE, EDUCAÇÃO E EUGENIA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E SAÚDE (1931-1947)

A junção das macrofunções Saúde e Educação em uma só Pasta no início da década de 1930, com a criação da Secretaria de Educação e Saúde Pública, reflete o paralelo estabelecido entre educação e saúde, desde que se descobriu a vinculação das “moléstias” com a insalubridade, e esta com os costumes dos cidadãos, principalmente das grandes cidades. Esse contexto coincide com a consolidação do ideário republicano no Brasil e a relação explícita entre educação e profilaxia, que já se mostram presentes na legislação do Serviço Sanitário em 1905.

Nesse período, as práticas higienistas e de profilaxia das doenças, em alguns discursos, baseiam-se no conceito de eugenia, que pressupõe a evolução e melhoria da raça, expressos nos corpos das pessoas. Doenças que carregam estigmas históricos são tratadas por meio da segregação e do confinamento, como a tuberculose, a “lepra” e as doenças psíquicas.

Nesta vitrine, entre mapas de movimento de serviços médicos, relatório sobre surto epidêmico, campanha contra lepra, destaca-se o “Diploma de robustez infantil”, fragmento de processo que registra um concurso competitivo baseado em corpos de crianças que seriam ‘saudáveis’ aos padrões da época.