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Revista Escrita: um espaço para a literatura

"Isso é literatura, quer dizer, fantasia, maluquice, lixo. A frase condena toda indagação literária e põe os autores de sobreaviso contra sua própria criação". Com essas palavras se lançava, em 1975, a revista Escrita, que tinha como objetivo "abrir caminho para a vasta produção que permanece no fundo das gavetas dos nossos escritores".

A questão da conquista de mercado para os escritores brasileiros permeou toda a vida de Escrita, que, por problemas desse próprio mercado — principalmente as dificuldades de distribuição — teve três "encarnações": uma de 1975 a 1977; outra de 79 a 83; e a última fase, de 86 a 88. Durante esses anos, a revista circulou com mudanças de periodicidade, tipologias, capa, editora , distribuidora, formato, tamanho, preço etc.

Mas sua reivindicação principal era sempre a mesma: um território para a literatura dentro da indústria das publicações. Ou, como sintetiza a pergunta frequente na revista: "O livro está pronto. E agora?"

Na busca de respostas a essa pergunta, Escrita promoveu concursos literários, publicou contos de autores inéditos, poesias, ensaios e resenhas. A revista não se prendia a um grupo ou corrente estética definidos, e por isso, vivia um constante "entra e sai" de colaboradores. Nesse movimento todo, se destacaram novos autores como Adélia Prado, Paulo Leminski, Márcia Denser, Domingos Pellegrini, Ivan Ângelo, Cristovão Tezza e Beatriz Bracher.

Fontes:
– VALDATI, Nílcéia, O Livro está pronto. E agora? Uma leitura de Escrita, tese de mestrado defendida em 29 de setembro de 2000, na Universidade Federal de Santa Catarina.
– RUFFATO, Luiz, "Revistas Literárias da Década de 1970", in Rascunho, o jornal de Literatura do Brasil, Curitiba, março, abril, maio e junho de 2009.