Por outro lado, a história ambiental tem seu foco nos acontecimentos que modificaram e também foram modificados pelo ambiente. Em sua análise dos processos históricos, ela tem como objetivo a reflexão sobre o entendimento de como os homens conduzem e são conduzidos pela relação com o entorno. Por essa razão, esse estudo busca entender como o ser humano percebe o mundo natural, como as inovações tecnológicas influenciam a transformação da natureza, como ocorrem os processos ecológicos e também como os processos e decisões políticas influenciam nessas transformações.
Essa perspectiva de análise proporcionou uma interação crescente entre a ecologia e a geografia no estabelecimento de questões de história ambiental.
Resumidamente, trata-se de: a) entender como a natureza funciona; b) como as relações socioeconômicas interferem na interação com o meio ambiente; e c) como nossas visões de mundo - percepções, valores éticos, leis, mitos, entre outras questões - interferem e influenciam o diálogo entre o ser humano e a natureza.
Os itens acima podem também ser percebidos nas dimensões tríplices em que se baseia o conceito de sustentabilidade. Tema extremamente atual, presente tanto na arena política e social quanto acadêmica e midiática, o termo sustentabilidade - ou desenvolvimento sustentável - surgiu na década de 1980 e ganhou força durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), a Rio 92.
Genericamente, a sustentabilidade é dimensionada em três aspectos: o ambiental, o econômico e o social. Na busca pela sustentabilidade, a análise conjunta desses aspectos se faz necessária, pois o diferencial fundamental está nas relações estabelecidas entre essas dimensões.
Além disso, do ponto de vista educacional, falamos aqui de um importante tema transversal sempre carente de novos instrumentos e abordagens que facilitem sua assimilação com perspectivas e orientações diferenciadas, que tragam situações de aprendizagem ativas e abordem os problemas no nível local, regional e global.
Com base em pressupostos da cartografia histórica, da história ambiental e da sustentabilidade, as fontes documentais cartográficas, iconográficas e textuais estão distribuídas em sete ambientes que tratam de questões sobre o meio ambiente, a economia e a sociedade, seguidos pela apresentação de alguns aspectos acerca dos atores sociais envolvidos no processo de ocupação da região do Oeste Paulista. Também é possível percorrer alguns municípios e conhecer sua história e dados atuais.
Ao entrar nas salas, basta clicar nas imagens e você terá acesso às fontes digitalizadas. Não deixe também de examinar o ícone de informações para ter acesso às legendas e dicas sobre os documentos.
Esperamos que você aprecie a viagem por esta parte de nosso acervo e conheça um pouco mais da história do Estado de São Paulo.