Intérpretes do Acervo
ARQUIVOS: ONDE FILOLOGIA, DIPLOMÁTICA E HISTÓRIA SE ENCONTRAM

Na seção Intérpretes do Acervo, trabalhamos para divulgar as pesquisas e o conhecimento produzidos com base no acervo do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Nossa proposta é estreitar a relação com os pesquisadores que vêm até esta instituição realizar suas pesquisas. Afinal, quem são esses pesquisadores? O que vêm buscar? Quais as dificuldades encontradas? E, mais do que isso, quais documentos eles buscam, e qual o olhar que destinam a esses documentos? Sabemos que são inúmeras as abordagens possíveis.

Apresentamos nesta edição o resultado de um interessante evento com a presença de filólogos, arquivistas e historiadores, que buscam nosso acervo para a realização de suas pesquisas. Impressionados com as palestras dos quatro filólogos durante os eventos que complementaram a exposição Em nome Del Rey: 250 anos do governo Morgado de Mateus em São Paulo (1765 – 2015), os editores desta revista buscaram entender melhor o enfoque que esses profissionais dão aos documentos estudados, bem como as interfaces percebidas com a disciplina de arquivo. Para enriquecer a proposta convidamos para uma entrevista coletiva três desses linguistas, uma historiadora e a professora Heloísa Bellotto - que, além de possuir formação em História, é reconhecida pelos trabalhos técnicos e teóricos na área de arquivo - para fazer um contraponto e explorar as interfaces da Filologia[1] com a Diplomática[2].

Participantes da Entrevista:

Renata Munhoz, autora da tese de mestrado Edição de Documentos Manuscritos do Século XVIII. Doutora em Letras pela USP, na área de Filologia Portuguesa, com a tese Filologia e discurso na correspondência oficial do Morgado de Mateus: edição de documentos administrativos e estudo das marcas de avaliatividade.

Sílvio de Almeida Toledo Neto, pós-doutor pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2004). Atualmente é professor doutor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e professor colaborador do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (equipe de Filologia).

Heloísa Liberalli Bellotto, licenciada e doutora em História (USP), bacharel em Biblioteconomia (FESP) e especialista em Arquivística (Escuela de Documentalistas, Madri, Espanha). Na USP, de onde é aposentada, foi pesquisadora do Instituto de Estudos Brasileiros e professora da Escola de Comunicações e Artes. Atualmente é professora do Curso de Pós-Graduação em História Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e do Curso de Especialização em Organização de Arquivos do IEB/ECA/USP, sendo também professora da Maestría bienal en Gestión de Documentos y Administración de Archivos da Universidad Internacional de Andalucía (Espanha).

Vanessa Martins do Monte, mestre e doutora em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (2007 e 2013). Atualmente é docente, em regime de dedicação exclusiva, e pesquisadora da Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).

Adriana Angelita da Conceição, mestre em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, desenvolveu sua pesquisa de doutorado na Universidade de São Paulo USP e no momento desenvolve pesquisa de pós-doutorado na UNICAMP/FAPESP. Atua principalmente com os temas história da cultura escrita, acervos, preservação, prática de escrita de cartas, manuais modernos de escrita de cartas e história luso-brasileira.

Notas